quarta-feira, 5 de novembro de 2008

da janela o horizonte, a liberdade eu posso ver...(roberto carlos)







JANELAS
Haja chuva ou ventania,no inverno ou no calor,a janela tem maniade um espreitar sem pudor... Testemunha, alcoviteiraque revela ou denuncia,ao abrigo da soalheira,ela esconde... ou anuncia...
A janela enxerga longeum fato sério ou banalà socapa espia o monge, ou o arrufo conjugal...
A fresta d'uma janelapode ser uma armadilhatudo que passa por elaé bom tema de "partilha":
Promete sonho à criançaalenta o velho a esperar...Mirante que não se cansada vida sempre a passar...
Descerra-se no calor,vedada se é grande o frio,acena com uma flor,acolhe um gato vadio...
Olho a janela sem risosem bate-boca, arrelia,parlatório onde o juízoé sempre o prato do dia...
Traga Zéfiro nas asasa orgia de outros ventosa fecundar as janelasco’a primavera de alentos.
Soprem ventos de Levantea clausura sufocante,libertem, por piedade,o Canto desta cidade!
Sylvia CohinPortugal, 22.09.2007

Um comentário: